O atual Ministro da Educação, Camilo Santana, veio a público recentemente defendendo o ensino integral nas escolas da rede pública. O Brasil tem em média 40 milhões de alunos, seria necessário mudar a realidade de 80% deles para implantar ensino integral em toda rede de ensino público do país.
Na pesquisa de público “Percepções sobre a Educação Pública e o Ensino Médio no Brasil”, foi identificada uma grande aprovação e boa avaliação referente ao ensino integral para escolas brasileiras, totalizando 84% dos entrevistados sendo a favor da proposta.
Há anos o ensino integral vem revelando resultados interessantes para o setor educacional. O caso da Escola Estadual Professor Emygdio Campos Vidal em Minas Gerais é um exemplo de sucesso.
Em 2017 foi implantado o ensino integral na instituição, trazendo resultados surpreendentes. Para que houvesse a implantação do ensino integral, mudanças e adaptações foram necessárias, como a construção de duas novas salas e toda a contribuição dos colaboradores da escola, como também dos alunos matriculados.
Os estudantes passaram a ter atividades interdisciplinares em dois turnos, o que foi primordial para uma evolução significativa nos processos de aprendizagem. Houve melhora nos índices de aprovação e uma baixa evasão escolar. Provando sua eficiência, em 2018 totalizando 93% de aprovação dos estudantes e zero evasão. A escola também investiu em uma reforma metodológica, visando o protagonismo do estudante, o que não apenas possibilitou, mas viabilizou, uma educação mais humanizada, entendendo o aluno como um todo.
A implantação do ensino integral também melhorou a relação entre escola e família, trazendo proximidade de relacionamento e elevando os níveis de confiabilidade entre os pais e escola.
Ao se propor a gerar mais estímulos aos estudantes, o ensino integral combina o fator educacional e profissionalizante. Ampliando em grande escala as possibilidades empregatícias para o aluno depois de finalizar os estudos. Com o ensino integral o aluno obtém formação profissionalizante, que será essencial para sua inserção no mercado de trabalho posteriormente e o mantém na escola, levando os níveis de evasão escolar para o chão, o que é excelente para o desenvolvimento dos estudantes.
Ainda que o ensino integral traga novas alternativas para o ambiente escolar e revele resultados de qualidade, ele também carrega desafios que precisam ser considerados.
É importante entender a demanda de cada região para que viabilize-se o ensino integral, principalmente pensando no espaço físico das Instituições de ensino. Levar em conta se as escolas possuem infraestrutura para implantar o ensino integral é essencial. É também necessário pensar na disponibilidade dos educadores de cada instituição. Em entrevista para para o G1, o ex secretário da educação de São Paulo, Alexandre Schneider enfatizou a pluralidade de vínculos empregatícios dos professores, não podendo exigir que estes abandonem seus outros empregos para atender as necessidades de apenas uma instituição, afirmando ser responsabilidade dos gestores pensar em estratégias de incentivo para os educadores.
No maior e mais significativo evento da Futuro para este ano, a Futuro Expo, discutiremos novas abordagens e metodologias de ensino, pensando na Transformação do futuro da Educação brasileira.
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